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quinta-feira, 11 de julho de 2013

POESIA


VINICIUS DE MORAES


Virá o dia em que eu hei de ser um velho experiente 
Olhando as coisas através de uma filosofia sensata 
E lendo os clássicos com a afeição que a minha mocidade não permite.  
Nesse dia Deus talvez tenha entrado definitivamente em meu espírito 
Ou talvez tenha saído definitivamente dele.  
Então todos os meus actos serão encaminhados no sentido do túmulo 
E todas as ideias autobiográficas da mocidade terão desaparecido: 
Ficará talvez somente a ideia do testamento bem escrito. 
Serei um velho, não terei mocidade, nem sexo, nem vida 
Só terei uma experiência extraordinária.  
Fecharei minha alma a todos e a tudo 
Passará por mim muito longe o ruído da vida e do mundo 
Só o ruído do coração doente me avisará de uns restos de vida em mim.  
Nem o cigarro da mocidade restará.  
Será um cigarro forte que satisfará os pulmões viciados 
E que dará a tudo um ar saturado de velhice. 
Não escreverei mais a lápis 
E só usarei pergaminhos compridos. 
Terei um casaco de alpaca que me fechará os olhos. 
Serei um corpo sem mocidade, inútil, vazio 
Cheio de irritação para com a vida 
Cheio de irritação para comigo mesmo. 
O eterno velho que nada é, nada vale, nada teve 
O velho cujo único valor é ser o cadáver de uma mocidade criadora.

 Não conhecia essa sua fala. Só queria saber se escrevestes na juventude ou na terceirona. Pois! A terceirona, principalmente a masculina, tem a mania de colocar a idade debaixo do rabo, se juntar com aos jovens e tripudiar os iguais.

Oh! Poetinha não tinha o direito de nos deixar! De mais a mais quando você foi velho?

Lembras-te do que acontecia lá no Chapelão hoje Garota de Ipanema! Humf!

Não brinque! Acabou mesmo me aborrecendo! Estou algo duvidando que escrevestes isso!  Rsssssssssss.

 

 

 

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