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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

EGO

NÃO AO EGO
Negar o ego não significa proibir a palavra "eu". Haicais na primeira pessoa são perfeitamente viáveis. Mas a objetividade do haicai deixa pouco espaço para a expressão do universo interior do autor.
O subjetivismo e sua derivação, o sentimentalismo, são praticamente condenados, junto com qualquer traço de intelectualismo. O sentimento humano quer sejam os do autor ou não, são expressos com parcimônia, sempre submetidos à sensação física que os gerou, e aparecem puros livres de elaboração racional e conceituação intelectual.
O haicai não se presta para expressar um raciocínio, do tipo A+B=C. É mais freqüente que contraste dois elementos sem conexão lógica, cabendo ao leitor reconciliá-los em um novo plano de significado (o que não quer dizer que o haicai seja uma charada ou adivinha). Tão pouco o haicai serve para expressar juízos ou sentenças. A natureza não trabalha assim, estando acima do bem e do mal, categorias inventadas pelo homem. Por conseqüência, aforismos e lições de moral estão fora da esfera do haicai.

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