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domingo, 2 de dezembro de 2012

portal do inferno



Quando Deus me tomou pelas mãos e mostrou aonde se encontrava meus cacos; juntamos, Deus e eu, um a um; caquinhos haviam espalhados por todos os lados, por todas os ventos, por todas as ondas. Levados por terríveis marés de dores e pavores e entregues junto ao nada para serem espalhadas ao leu. Juntei-me. Fiz e refiz-me “zilhões” de vezes. Quando refeita Ele devolveu, meu pensar, meu amor, minha paixão por tudo e todos que vale a pena. Me disse: vá. Cumpra sua missão nesse lugar que é de amor e ódio, esperança e desesperança, alegrias e tristeza, fé e dúvidas, maldade e bondade, perdão e vingança, tristeza e felicidade, Vá! Cumpra sua missão. 
Mas, que missão é essa meu Deus? Por que muitos chegaram a mim, olharam em meus olhos e me disseram: tens uma missão a cumprir. Qual? Onde está? Procurei em todo o decorrer da vida! Lutei com todas as forças que havia, fiz o que era humanamente correcto. Qual missão! O que queres de mim? Mostre-me. 
Quando juntamos meu ser, quando devolvestes minha vida, quando me tirou do portal do mais terrível inferno esquecestes de trazer minha coragem? 

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