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domingo, 8 de novembro de 2015

JE

  Voa como a águia nos céus esperando tocar nas mãos de Deus, busca, procura por todos os cantos da terra que outrora foi azul e linda, hoje se tornou coberta de arestas pontiagudas com finalidade de ferir aqueles que só buscam a paz.
Corre como a gazela nos campos para chegar aos prados do nada e neles colher um pouco de essência da vida para transformar o nada em tudo.
Esse tudo transforma em borboleta após arrebentação do casulo como se fora um mar de dor e lágrimas a espalhar sobre a orla, cobrindo-a de leve espuma e cheiro de maresia. Mas, não se engane; é mar bravio em fúria constante, arremessando ondas sobre as pedras que transformam as lágrimas em espuma alva como a neve e volta a morrer nas areias carregadas com a maledicência dos animais “ditos” racionais que deixam nas areias seus dejetos, insensatez e imundicie quando vão para a orla dar vasão ao seu ócio, sua incoerência e sua falta de hombridade.
 Fugindo da maledicência dessa terra outrora linda, que ora se tornou um caos, a borboleta a qual foi transformada continua a levar consigo as dores e o enfado de um mundo sem cor e sem riso.
A borboleta se transforma em uma carpa que ingénua caminha para as sendas da morte sem perceber que estava a chegar ao escuro da vida.
Não mais que de repente trovões fazem soar, e seus brados são altos que explodem o escuro da noite e raios tomam posse dos céus e da terra. Relâmpagos rasgam nuvens transformando o escuro em luz e energia. Trás os ventos uivantes do norte que formam um tornado e em redemoinho se funde com o mar bravio levando para o sul todo o resquício de dor, de tristeza e saudade.
Na viagem decorrida o vento e o mar exalam turbilhões de sensações; vai deixando forças sobre a carpa ora sem rumo. Sabiamente, ela toma aquela força advinda da agonia, da aflição, da angústia, da dor e da dúvida e se transforma em um golfinho mãe e pai do mais puro sentir de todos os seres e o único vivente que é temido pelo malvado tubarão.
·      Oh! Meu Deus, minha energia de luz e fé; no cais da solidão eu Ti espero!
rubi



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