domingo, 28 de junho de 2015
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Curral Eleitoral
Fig/fonte:disponivel em google.pt
Acesso 26/06/2015
CURRAL
Pois
lhes conto:
Aquela
filosofia linda e emocionante que encontramos
na
literatura, a filosofia política, as organizações sociais,
o
civismo, a moral. Por mais que tentamos, por mais que buscamos viver
longe dela, a política, ela está sempre ali presente, na vida,
no
trabalho, no viver diário. mas... Filosofia está louvável apenas na literatura. Penso “se não podemos viver sem
ela juntamo-nos a ela”; é só seguir o politicamente correto.
Pronto.
É
aí que a vida se transforma em um caos sem fim.
Até
nos mais minúsculos fatos da vida lá estão
diria
eu, os“incorrectos”.
Estão
por todos os lados. Os ditos “currais eleitorais” são montados
por eles aonde eles estiverem. Os componentes
do
curral tem que ser desinformado, inexperiente, apenas eleitores que
apoiam todas as barbáries cometida por eles. Amealha uns poucos
esclarecidos para dar suporte, através do voto de cabresto ou troca
de favores.
E
assim eles vão desmoronando tudo de bom e puro que existe debaixo
dos céus.
Ai
de quem se opor! Alguns deles gritam como se fosse heróis de
desenho: “eu
tenho a força, eu te detono no ar, eu te envergonho, eu acabo
contigo, eu tenho poder e o microfone na mão”.
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domingo, 21 de junho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
FP
Dentro do mais puro lirismo e poeta trás para si todo o problema da sociedade da época. Prefere humilhar-se tomando os problemas para si. Manda seu recado para todos que contam vantagens esquecendo que não são nem protótipo do perfeito. E como cabe bem na época atual!
POEMA EM LINHA RETA
Álvaro de Campos
Álvaro de Campos
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado
[sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado
[sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
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domingo, 14 de junho de 2015
C. Drumonnd
Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Publicada por rubi à(s) 15:26 0 comentários
Treta
" Só
um sentido de invenção e uma
necessidade
intensa de criar
levam
o homem a revoltar-se, a
descobrir
e a descobrir-se com lucidez".
Pablo
Picasso
Oh!
Meu Deus, arranca essa revolta do meu peito...
Tu
sabes que tinha que escrever aquilo. Não sei qual a finalidade mas,
era mais forte do que qualquer negação.
E
eu lutei com todas as minhas forças mas, o que escrevi? Não sei.
Pasma-me a sua satisfação quando pedi para me deixar em paz. E você
jurou que não deixaria. Matasse-me como ameaçastes mas, não tinhas
o direito de me entregar aos abutres seus comparsas, seu reverendinho
de m@rda; xibungo, pai,
avô barrote inrrustido.
Publicada por rubi à(s) 15:08 0 comentários
domingo, 7 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Poética (II)
Com as lágrimas do tempo
e a cal do meu dia
eu fiz o cimento
da minha poesia
e a cal do meu dia
eu fiz o cimento
da minha poesia
e na perspectiva
da vida futura
ergui em carne viva
sua arquitetura
da vida futura
ergui em carne viva
sua arquitetura
não sei bem se é casa
se é torre ou se é templo
(um templo sem Deus)
se é torre ou se é templo
(um templo sem Deus)
mas é grande e clara
pertence a seu tempo
pertence a seu tempo
- entrai, irmãos meus!
Vinicius de Morais
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