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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Monumento em Homenagem as Artes

JD Botânico- RJ

Os poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mário Quintana
Sonhei numa fase da vida e até pensei que seria uma poetisa. Ocorre que durante os estudos básicos a matéria era dividida em duas partes: Gramática e Literatura. Valorizava a Literatura, aprendia tudo de métrica e rima, chorava lendo poesias de ordem existencial e lírica, babava sobre os versos de Drummond “E agora José!”, admirava a loucura de Clarisse Lispector Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contacto…Ou toca, ou não toca” e esquecia da Gramática. No final dava certo pois a nota era a mesma, para as duas matérias.
Ocorre que chegando a hora exacta de escolha profissional, esqueci os sonhos da infância; visando a necessidade de profissionais do momento, a facilidade de colocação no mercado de trabalho, e logicamente a parte financeira. O sonho de participação nas artes foi adiado. Veio a dificuldade por não ter valorizado a gramática; a luta para não cair no lirismo, estar em constante contacto com a verdade nua e crua de Marx & Hengel, Weber, Dejours, Betinho e Henfil..., levando a cair diretamente no sindicalismo. Quando o tempo chega, todo o aprendizado da infância foi esquecido. Busco minhas anotações, também perdidas no tempo e fico no existencial de pés e mãos atadas, sem saber que rumo tomar. Gostaria tanto de fazer, escrever uma coisa bonita que tocasse a alma de alguém, como os textos de quem sabe escrever, cala fundo em minha alma!... 
Sonhos, apenas sonhos! Quimera louca foi o que restou! Junta a este parecer as criticas de sempre de minha querida e Santa MÃE: você escreve como se fosse uma velha! Para você o ano que passou é antigamente, sua alma está no passado, nascestes com cem anos de idade, bla bla bla… Há Mãe! Deixe-me!

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