Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem
perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
William Shakespeare
... e a hora do conto...
Reza a lenda que Cristo
escolheu seus discípulos cada um com uma característica própria, e Ele escolheu
o queria para a humanidade. Então perguntamos: que seria de nós se todos fossem
iguais?
Também reza
nos meios da ciência os vários conceitos sobre eu, id, ego e digo para vocês que
nunca fui estudiosa desse assunto. Tivemos sim duas cadeiras, (6 meses + 6
meses) 1 aula por semana; apenas para ensinar a não sair por aí, observando,
taxando o outrem de portadores de problemas do X, do Y, do qui quadrado...
(rrs), ou seja, noções básicas. Mais
voltando à questão do eu, para nós significa apenas falar ou escrever na
primeira pessoa. Cara, né brinquedo não.
Aquele tipo que se achar que se está na primeira pessoa está falando com ele,
eitaa la lá! Que desagradável.
Todo
esse bla, bla, bla é para lhe dizer que euzinha sou igual a são Tomé aquele que
precisava ver para crer.
Quando
nas poucas vezes que tentei não ser, deu ruim. Então ficamos assim. Já tive
perdas muitas com isso, mas, esse proceder está sempre comigo. Às vezes penso
que é também um costume que a geração ditadura angariou para si quando foi ensinada:
não se identifique, não faça, não acredite, não dê enderesso...
Pois
lhe digo amigo: com todo esse cuidado, tive que correr da Candelária até
Copacabana. Não me sentia cansada,
apenas sentia um nó na garganta que me dificultava a respiração. Quando passou
o túnel acho que é o Santa Bárbara, chegando à Avenida princesa Isabel eu
desmaiei e a polícia chegou quando estava ajoelhada para levantar e disse: é
uma criança! Levaram-me para casa. Por que de tanta correria? Alguém na Av.
Presidente Vargas gritou em alto e bom som: BRIZOLA! Aí começou a correria e
quem não quis correr foi pisoteado.
O que tem
a geração ditadura que foram as mesmas caras pintadas para se admirar são a
constância e a determinação com que corremos atrás do politicamente correto,
sem medos e destituídos de preconceitos absurdos. Aí vem voce e diz: uma
intervenção seria boa.
Cara
seria boa em defesa de nossas fronteiras, das nossas crianças, da nossa
segurança, do nosso direito de ir e vir, do nosso trabalho, da nossa educação.
Viu? Eu sou realmente centenária...
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