Ponho a pensar sempre o que foi o “je ne
sais quoi” para entender um pouco de mim. Quiçá se soubesse o porquê daquilo, o
fardo que carrego se tornaria mais leve. Alguns dizem que sofri uma depressão,
outros concluíram que tive um tremendo choque cultural, outros dizem que
tive um “baita” pitty, outros
acham que é bipolarismo mesmo, outros acham que foi uma crise de pânico
outros bla, bla, bla...
Digo: creio com reservas, nos dois
primeiros pareceres.
Primeiro foram tempos e tempos de
inanição. Não pensa que passei por ela por falta, ela foi imposta a mim e tive
de cumpri-la para não ficar pior. Com a inanição veio o “je ne sais quoi”, a
tristeza, o cansaço, a falta de vontade de tomar algumas atitudes. Seria isso
depressão?
Segundo: esse foi terrível. Talvez tivesse
mesmo um imenso choque cultural.
Vale dizer que esse choque não foi em
decorrência da travessia da lagoa atlântica. Esse habitat é perecido com o
outro. Mesma arquitectura do Marques de Bombal, mesmas ladeirinhas, mesmas ruas
estreitas, mesmos cafe(zinhos) e até mesmos alguns arranha-céus; iguais os
moradores de Vila Isabel onde cumprimos nossa vida laboral. Bairro considerado boémio,
mas nele está o maracanã, a UERJ, a mangueira, os belos cafés e suas calçadas
pautadas com música de Noel Rosa...
Amanhã falarei do “choque cultural” e “otras
cositas mas”, se houver tempo.
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