HUMANO
SORRISO
Estava
entre os felizes.
Aqueles
vencedores de olhar firme,
que se
solidificam em si mesmos,
carregando
uma superioridade natural
em suas
falas, em seus rostos,
possuidores
da mais pura felicidade.
Em seus
olhares narsísicos sobre yourselves
haviam
deslumbrantes conceitos sobre
vida,
coisas, posses, gentes...
Silêncio!
Meios sorrisos perfeitos e lindos,
gelados
e embaraçosos.
Saída à
francesa!
Busquei
em cada canto
em cada
gueto os que exalavam angústias
pegado
ao pranto dos deserdados,
procurei
as perguntas para obter respostas
junto
aos que acumulavam fracassos;
dos que
riam sem motivo algum
um
sorriso por vez, concedido pela vida.
Acheguei
aos que frenéticos buscavam revoluções,
aos
poetas sem rima que cantavam suas emoções,
aos
loucos que desmoronados de si juntavam as
verdades
pueris, os amores perdidos, as ilusões.
Abancados
em frente ao mar
em
estado de alma tão puro, tão bruto
rimos,
choramos, lembramos e nos
desabamos
de nós mesmos.
Chegou
o dia
e
surgiu as lágrimas, a luz e o vê
o outro
um ser a ser aceito.
O
sorriso chegou tão demasiadamente humano!
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