"Sofri o grave frio dos medos, adoeci.
Sei que ninguém soube mais dele. Sou um ser, depois desse falimento? Sou o que
não foi, o que vai ficar calado? Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a
vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem
em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára,
de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio." E
a vida! João Guimarães Rosa
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