Digo com sinceridade.
Mãe, no alto dos seus 90 anos, o hábito de olhar no espelho,
foi abandonado aos 50, para não se assustar e vivia curtindo uma felicidade sem par.
Andava de saltos altos, cabelos penteados,
jogados ao alto da cabeça e um coque de bailarina
preso atrás, maquiagem feita e perguntada item a item.
O batom está correcto? A base está machada?
Pronta para o passeio,
Saía glamurosa como sempre, cabeça erguida, olhos para o céu,
cheia de alegria e esperança.
Assim vale viver.
Agora, viver de cabeça baixa, perecendo pedir perdão
pelo fato de estar a vivendo; encolhida pelos cantos com uma… nas mãos, ou sentada em uma…. Não vale mesmo a pena.
Vou sair por aí buscando o glamour que sempre existiu
nas mulheres dessa família, independente de tempo, raça ou credo, ele existe.
Não vou perdê-lo pelo facto de algumas
sensações ter retornado, não sei por que nem como…
Aí vida!
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