Intervalo de duas horas para almoço. Vou
fazer um lanche rápido e aproveito para pagar minhas contas. Vai ao maior e
mais movimentado shopping, lotado de seguranças particulares e não particular
(PM). Penso: vou tirar o dinheiro no caixa fora do banco mas, dentro do
shopping, pago todas as contas na lotérica.
Não mais que de repente sente aquele frio por baixo do braço e
bem rente ao coração e a voz. Ai tia não se assuste, fica alegrezinha, não
mostre pavor, vai limpando tudo o que puder, agora o limite máximo é de mil,
tira tudo e põe aqui na minha mão, na boa, na calma. A navalha dói, quase
corta. Penso. Dou-lhe um safanão e um grito, o guarda vê e socorre. Parece que
advinha pensamento e diz. Faz isso não tia, transvazo teu coração. Eu não tenho
nada a perder. Você tem. Sorrindo, alegre, tranquila, rápido! Feito tudo o que
ele queria. Primeira síndrome. Duas semanas de impotência perante a vida. Um
medo de adolescente da cor que parecia todos iguais. Até meu mestre me dizer:
sai dessa jacaré! O que eles queriam de você era aquele troco. Não voltam mais.
− Então me dê um encorajante (calmante) para poder enfrentar esses sintomas sem
medo. − Não, sabes qual o problema lute
contra esses sintomas. Pronto! Curada.
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