Estava na vida a pensar
Em alguns instantes ao ar livre
Senti tocar em meu rosto suave brisa
Percebi que algo estava a chegar
Quem tu és?...
Das árvores
Vi as folhas amarelecidas
Cair ao sabor do vento
Fazendo Reboleira aos meus pés.
Será que o Outono está a chegar?
Será que ainda sei cantar?
Solfejos!
Minha voz tornou-se rouca
O que aconteceu!
Não me queixo. Voz de Maísa, que
Brilha e entoa louvores no céu
Levantei-me, com ódio
Pisei forte as folhas caídas, Outono
Joguei-as para o céu
Voltaram; caíram sobre mim e
Criaram um abrigo
Sol! Queima! Negra! Morta! SOL!
Maísa não está entre nós
Matarazzo!
Vida que fazes comigo?
Ando ao léu
Só eu e meu Eu
Receosa no banco da praça sentei
O que fizeste da minha vida?
Ao Tempo perguntei
A brisa, o sopro, as mãos
As mãos!
Já as havia sentido
Leves e carinhosas baixando sobre mim
Apoiaram-se sobre meus ombros
Virei! Vi! Olhei!
Como és lindo! Falei
O brilho fulgurante em seus olhos era a
PAZ
Seu olhar era o
AMOR
Seu sorriso maroto era a
ALEGRIA
A maciez de suas mãos era o
CONFORTO
Seu respirar era a
VIDA
Seu cheiro era a
SUAVIDADE
Sua voz era o
LOUVOR
Seus braços eram a
PROTEÇÃO
Em seu tórax aninhava a
BONDADE
Seus pés eram a
SEGURANÇA
Seu abraço foi a minha
SALVAÇÃO
Indaguei-lhe: Quem é você?
Ele respondeu o que já percebia
Eu “sou o DEUS que vive dentro de você”.
O Deus que vive em mim saúda o Deus que vive em você = NAMASTÊ
0 comentários:
Enviar um comentário