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Voo como a águia nos céus esperando tocar nas mãos de Deus,
busco, procuro por todos os cantos da terra que outrora foi azul e redonda e bela,
hoje se tornou coberta de arestas pontiagudas com finalidade de ferir aqueles
que só buscam a paz.
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Corro como a gazela nos campos para chegar aos prados do nada e
neles colher um pouco de essência de vida para transformar o nada em tudo.
· Esse tudo me transforma em borboleta após arrebentação do
casulo como se fora um mar de dor e lágrimas. Mar bravio em fúria constante,
arremessando ondas sobre as pedras e transformando lágrimas em espuma alva como
a neve, que morrem nas areias carregada com a maledicência dos animais
racionais que deixam nas areias seus dejetos quando vão para a orla dar vasão
ao seu ócio e sua incoerência.
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Fugindo da maledicência desse mundo que ora se tornou um
caos a borboleta a qual fui transformada continua a levar consigo as dores e o
enfado de um mundo sem cor e sem riso. A borboleta se transforma em uma carpa
que ingénua caminha para as sendas da morte sem perceber que estava a chegar no
escuro da vida.
·
Não mais que de repente os trovões fazem soar seu brado tao alto
que explode o escuro da noite e toma posse dos céus e da terra. Relâmpagos rasgam
nuvens transformando o escuro em luz e energia, e trás os ventos uivantes
do norte que forma um tornado e em redemoinho se funde com o mar bravio levando
para o sul todo o resquício de dor, de tristeza e saudade. Na viagem decorrida o
vento e o mar exalam turbilhões de sensações; vai deixando forças sobre a
carpa, ora sem rumo. Sabiamente, ela toma aquela força advinda da agonia, da aflição,
da angústia e da dúvida e se transforma em um golfinho mãe e pai do mais puro
sentir de todos os seres e o único vivente que é temido pelo malvado tubarão.
Um dia esse vendaval
fará sentido? Oh! Meu Deus, minha energia de luz e fé; no cais da solidão eu Ti
espero!
by rúbi
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