*A partir desse pressuposto comecei a pensar na chegada nesse mundo,
ora tão bom, ora tão cão! Ui!
Que peninha me deu só em pensar em nascer. Aquele ser que cai no
mundo sem pedir e que esteve protegido por nove meses em um lugar mágico, chega
ao mundo quiçá lavado em sangue, (cesareana) e outras "cositas mas", com as frontes machucadas
(fórceps), mas, também protegido pela providência divina materna; coberto de
verniz para não se defrontar directo com as agressividades do seu novo habitat.
Ali, naquele minuto, começa o martírio da vida, os flash espocam
sem nenhum constrangimento sobre sua primeira visão; aquilo que lhe protegia,
cobria a pele (verniz casioso) é arrancado brusca e rudemente com gases e
compressas, dá-lhe em primeiro lugar um tapa no bum bum e depois mete-lhe uma
sonda nariz a dentro e que as vezes é preciso (apgar) para que o nascido perceba que a partir
daquele minuto começa uma luta sem fim pela sobrevivência.
E arranca a protecção da pele para ficar bonito e ver com quem
parece, e espocam flash recordação para toda a vida, e depois vem a foto com a mãe:
nariz vermelho, olhos inchados, carinha de pasmada, não sei se efeito da
anestesia ou admiração diante do milagre da vida! E o pai ali do lado parece
que a pensar: eu posso, fui eu que fiz, é meu…, tudo meu!
E não é que é mesmo! Rssssssss.
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