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domingo, 5 de abril de 2020

A POESIA DE FERREIRA GULLAR

POESIA SUBVERSIVA DE F: GULLAR
Há olhos que não querem ver.
Então? A menina é capaz de fazer qualquer coisa por dinheiro.
Trapacear, mentir, perverter, degenerar, aviltar, depravar e
se fazer de vítima...
Na calada da noite entrega os insumos para quem paga mais,
mesmo que esses já foram adquirido por outrem.
E vai espalhando seus dejectos pelo planeta.
Poesia subversiva
FERREIRA GULLAR
A poesia
Quando chega
Não respeita nada.
Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
De qualquer de seus abismos
Desconhece o Estado e a Sociedade Civil
Infringe o Código de Águas
Relincha
Como puta
Nova
Em frente ao Palácio e sua coroa de virus*.
E só depois
Reconsidera: beija
Nos olhos os que ganham mal
Embala no colo
Os que têm sede de felicidade
E de justiça.
E promete incendiar o país.
Ferreira Gullar
*grifo

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