Sem condições de correcção de algo tais como, digitação errada, retirar mns, publicar então, está horrível! Tudo emperrado!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
ANO NOVO
Ela não vem de prognósticos, pois em tempos tão difíceis eles andam ariscos. Ela não deriva tão pouco dos diagnósticos, pois quando as coisas ficam pretas eles andam a esmo. Ela não deriva da razão, pois nossa razão segue como um rio que pororoca no encontro com as razões dos outros. Não chegamos a ela ouvindo os sábios. A ela chegamos, por certo, ouvindo estrelas. Mas, como já se disse, só quem ama pode entendê-las. A ela chegamos imaginando constelações, que possam nos dar um Sul, e nos orientar. A ela chegamos quando nos deixamos ver uma nova estrela, que nos convida a uma nova viagem, pois quem sabe, ela indica uma boa nova, para nós e para todo o povo. Chegamos a ela ouvindo a voz que vem do coração. Mas há que viajar em busca dela. Viajar dentro de nós. Há que nutrir nosso sonho, há de lutar por ela. Há que atravessar nossas pororocas e cair no oceano, pois navegar é preciso. O que é necessário é criar nossa esperança.
Publicada por rubi à(s) 11:49 0 comentários
ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.
Publicada por rubi à(s) 11:45 0 comentários
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
C. Drumonnd
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Publicada por rubi à(s) 06:49 0 comentários
F. Pessoa
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das
etiquetas,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Onde é que há gente no mundo?
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Publicada por rubi à(s) 06:47 0 comentários
sábado, 28 de novembro de 2015
Olá!
Publicada por rubi à(s) 13:52 0 comentários
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
PEGADO EN MI SOLEDAD
Publicada por rubi à(s) 03:25 0 comentários
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Olá! Boa Tarde.
Publicada por rubi à(s) 10:51 0 comentários
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Boa Noite!
Publicada por rubi à(s) 15:47 0 comentários
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Que?
Publicada por rubi à(s) 01:57 0 comentários
domingo, 15 de novembro de 2015
Simplesmente Palavras
Publicada por rubi à(s) 10:20 0 comentários
PALAVRAS
Publicada por rubi à(s) 10:15 0 comentários
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Boa Noite.
Publicada por rubi à(s) 10:18 0 comentários
domingo, 8 de novembro de 2015
Excelsa Graça
Publicada por rubi à(s) 03:42 0 comentários
JE
Publicada por rubi à(s) 03:30 0 comentários
domingo, 1 de novembro de 2015
ESCREVER EM MINUTOS
Publicada por rubi à(s) 15:20 0 comentários
domingo, 25 de outubro de 2015
terça-feira, 20 de outubro de 2015
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Poemeto de minuto
Publicada por rubi à(s) 18:46 0 comentários